De acordo com Milton Seigi Hayashi, a percepção de beleza passou por transformações significativas ao longo das décadas, acompanhando as mudanças culturais, sociais e tecnológicas de cada época. O que antes era considerado ideal estético, muitas vezes restrito a um padrão único, hoje se abre para uma diversidade de formas, cores e expressões.
Entender como essa percepção evoluiu ajuda a compreender não apenas o comportamento humano, mas também o papel da cirurgia plástica na valorização da autenticidade e da autoestima. Saiba mais!
Como era a percepção de beleza nas gerações passadas?
Durante boa parte do século XX, a beleza feminina e masculina era fortemente influenciada pelos meios de comunicação tradicionais. O cinema, a televisão e as revistas ditavam tendências e moldavam padrões que, por vezes, eram inalcançáveis. Na década de 1950, por exemplo, o corpo curvilíneo e o rosto delicado eram símbolos de feminilidade. Já nas décadas seguintes, o ideal passou a valorizar corpos magros e rostos angulosos, especialmente com a ascensão da moda e das supermodelos.

Milton Seigi Hayashi explica que a ausência de representatividade e diversidade nesse período reforçava a ideia de que a beleza estava associada a um modelo específico, o que gerava frustrações e inseguranças em muitas pessoas. A cirurgia plástica, que ainda dava seus primeiros passos no campo estético, começava a ser vista como uma alternativa para alcançar tais padrões.
O que mudou na percepção de beleza com o passar do tempo?
Com a globalização e o avanço da tecnologia, as barreiras culturais começaram a se dissolver, abrindo espaço para novas referências estéticas. As redes sociais e o acesso à informação ampliaram a visão de beleza, tornando-a mais inclusiva e plural. Hoje, a sociedade reconhece que não existe um único tipo de corpo ou rosto bonito, mas sim diferentes formas de expressão que refletem identidade, história e personalidade.
Segundo Milton Seigi Hayashi, a evolução da cirurgia plástica acompanhou essa mudança de mentalidade. Os procedimentos deixaram de buscar a padronização e passaram a valorizar a naturalidade. Cada intervenção é planejada para realçar características únicas, respeitando a individualidade do paciente. Essa abordagem mais personalizada reflete uma compreensão mais humana e equilibrada do conceito de beleza.
Como as novas gerações enxergam a beleza?
As gerações mais jovens, especialmente as que cresceram na era digital, têm uma relação diferente com a aparência. A valorização da autenticidade e da diversidade é um traço marcante entre os chamados millennials e a geração Z. Essas pessoas tendem a rejeitar padrões rígidos e buscam uma estética mais livre, alinhada com seus valores pessoais e culturais.
A beleza, para essas gerações, não está apenas na aparência física, mas na forma como o indivíduo se expressa e se aceita. Para Hayashi, o autocuidado, a saúde mental e o bem-estar tornaram-se partes fundamentais desse novo conceito. Nesse cenário, a cirurgia plástica ganha um papel de apoio — não para transformar alguém em outra pessoa, mas para harmonizar e reforçar aquilo que já é bonito de maneira singular.
A beleza como expressão de autenticidade
A mudança na percepção de beleza entre gerações revela uma sociedade mais madura, plural e empática. Portanto, a estética deixou de ser uma busca por perfeição e passou a ser uma ferramenta de autoconhecimento e valorização pessoal. Cada época traz novas formas de enxergar o belo, mas o que realmente importa é a conexão entre imagem, autoestima e bem-estar.
Hayashi pontua que compreender essa evolução é essencial para praticar uma medicina estética mais humana e responsável. Afinal, a verdadeira beleza não está em seguir padrões, mas em reconhecer a singularidade de cada pessoa e permitir que ela brilhe com confiança e naturalidade.
Autor: Jenff Adyarus